29 de nov. de 2007
Novo livro de Cecília Meireles ....
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Clique na foto para assistir o vídeo
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"Todos os espetáculos de beleza que a vida não nos deixou realizar sairão, portanto, do mistério que os oprime, com a força invencível das ressurreições."
Cecília Meireles
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25 de nov. de 2007
DONA DE CASA
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Tem dias que a poesia
já nasce pronta,com nome, vírgula
e ponto final
(de vez em quando ganho este presente).
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Mas em compensação
Mas em compensação
tem outros…
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alho e cebola
alho e cebola
se compra a vida inteira.
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24 de nov. de 2007
22 de nov. de 2007
22 de novembro: Blogagem coletiva contra a dengue !
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PREVENÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO É A SOLUÇÃO !
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Essa blogagem coletiva foi proposta pela Meire do Pensiere e Parole .
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Resolvi transformar a minha participação num poeminha que
foi postado no MUNDO ENCANTADO DE CECÍLIA MEIRELES.
Mesmo que você tenha mais de 8 aninhos, é só clicar e ouvir :
21 de nov. de 2007
CHEGOU O NOVO LIVRO DE LAU SIQUEIRA !
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Lau Siqueira nasceu em Jaguarão-RS e reside atualmente em João Pessoa-PB. Publicou os livros O comício das veias (Ed. Idéia-PB, 1993), O guardador de sorrisos (Ed. Trema, 1998), Sem meias palavras (Ed. Idéia-PB, 2002) e Texto Sentido (Ed. Bargaço-PE, 2007). Teve poemas incluídos na antologia Na virada do século — poesia de invenção no Brasil, organizada por Frederico Barbosa e Claudio Daniel (Ed. Landy-SP, 2002) e na antologia Nordestes, da Fundação Joaquim Nabuco e SESC/Pompéia. Publica seus poemas no Livro da Tribo (Ed. Tribo-SP) e no blog Poesia Sim.
Texto Sentido é o quarto livro do poeta Lau Siqueira. Nele constam poemas escritos entre junho de 2002 até a data da publicação, em outubro de 2007, pela Edições Bagaço de Recife. Trata-se de uma edição custeada integralmente pelo autor. E vai para o mercado da literatura brasileira contemporânea, por fora das distribuidoras, por fora das livrarias. A tentativa do poeta é de buscar um contato mais direto com o público leitor, onde quer que ele esteja.
“Não faço poemas pensando em vendê-los, como se fosse um produto. Poesia não tem preço. Caso fosse diferente, quanto custaria um livro de Drummond? Mas, o livro é sim um produto e precisa circular como um produto cultural. E mais: é preciso que se sustente por si só. Peixe-boi em terra de tubarões, sustento a dignidade de ter a poesia como principal patrocinadora dos próprios livros que escrevo,” afirma Lau Siqueira.
“Não faço poemas pensando em vendê-los, como se fosse um produto. Poesia não tem preço. Caso fosse diferente, quanto custaria um livro de Drummond? Mas, o livro é sim um produto e precisa circular como um produto cultural. E mais: é preciso que se sustente por si só. Peixe-boi em terra de tubarões, sustento a dignidade de ter a poesia como principal patrocinadora dos próprios livros que escrevo,” afirma Lau Siqueira.
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TEXTO SENTIDO
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O novo livro de poemas de Lau Siqueira, Texto Sentido, é uma pergunta: com que intensidade vida e arte podem seguir adiante? Também são outras coisas: inventário de espantos, armação de nuvens, legado, baú. Depois é uma resposta feliz. Está na cara, em cada página. Quando se é poeta, é e pronto. Sem teses, sem tribos, sem rótulos. O que o seu livro é, incontestável: trabalho consciente com a linguagem. O que não é: plataforma de estéreis discussões. O leitor pode ter cem olhos ou pode ser míope, pode enxergar uma paisagem ou uma fechadura. Mas o livro está aí. E Lau traz abertamente um diálogo com seus viventes, seu jeito de mirar e acertar o alvo. Quintana, Leminski, Bashô, Augusto, Gisnberg, Pessoa. Como um cubo mágico, o que se gira cria outros problemas, sugere infinitas soluções.
Vem daí que em Texto Sentido Lau alterna os pólos, ora soa mínimo e exato, ora derruba a taça e espraia versos, arriscando soar verboso – embora não soe, pois está senhor do ritmo. Em alguns momentos as metáforas dão conta da beleza – e se sustentam só por isso, sem indicar o caminho: “os ventos são algazarras/ do infinito/ em nossos (...)”
Se há um projeto visível neste livro é o da diversidade: aliás, não há melhor resposta para a “inutilidade” da poesia. Ela é ciência das coisas que não se capturam por lógica e classificação. “ vastidão é um [átomo”, vaticina o poeta. Sob este aspecto, mesmo que fosse um logro – e qual livro não vacila no fio que separa o joio do trigo? – Texto Sentido toca adiante suas dissonâncias e harmonias: “Estirando/ espinhos para o mundo/ um cacto resiste”.
Lau Siqueira tem uma trajetória pautada na resistência. Faz porque quer fazer, porque gosta e porque tem consciência de linguagem. Namora com o texto solto, de grande fôlego enquanto pisca o olho para a noção espacial de que a página é uma arena que comporta funções. Faz dos poemas quartos de pensar, de ir seguindo em frente, de estruturar e decidir o que é relevo, o que é ranhura. Tudo faz mais sentido do que pedir licença para um ou para outro para exercer um rótulo. E isto Texto Sentido parece não aceitar. Daí soar honesto nas qualidades e defeitos.
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O novo livro de poemas de Lau Siqueira, Texto Sentido, é uma pergunta: com que intensidade vida e arte podem seguir adiante? Também são outras coisas: inventário de espantos, armação de nuvens, legado, baú. Depois é uma resposta feliz. Está na cara, em cada página. Quando se é poeta, é e pronto. Sem teses, sem tribos, sem rótulos. O que o seu livro é, incontestável: trabalho consciente com a linguagem. O que não é: plataforma de estéreis discussões. O leitor pode ter cem olhos ou pode ser míope, pode enxergar uma paisagem ou uma fechadura. Mas o livro está aí. E Lau traz abertamente um diálogo com seus viventes, seu jeito de mirar e acertar o alvo. Quintana, Leminski, Bashô, Augusto, Gisnberg, Pessoa. Como um cubo mágico, o que se gira cria outros problemas, sugere infinitas soluções.
Vem daí que em Texto Sentido Lau alterna os pólos, ora soa mínimo e exato, ora derruba a taça e espraia versos, arriscando soar verboso – embora não soe, pois está senhor do ritmo. Em alguns momentos as metáforas dão conta da beleza – e se sustentam só por isso, sem indicar o caminho: “os ventos são algazarras/ do infinito/ em nossos (...)”
Se há um projeto visível neste livro é o da diversidade: aliás, não há melhor resposta para a “inutilidade” da poesia. Ela é ciência das coisas que não se capturam por lógica e classificação. “ vastidão é um [átomo”, vaticina o poeta. Sob este aspecto, mesmo que fosse um logro – e qual livro não vacila no fio que separa o joio do trigo? – Texto Sentido toca adiante suas dissonâncias e harmonias: “Estirando/ espinhos para o mundo/ um cacto resiste”.
Lau Siqueira tem uma trajetória pautada na resistência. Faz porque quer fazer, porque gosta e porque tem consciência de linguagem. Namora com o texto solto, de grande fôlego enquanto pisca o olho para a noção espacial de que a página é uma arena que comporta funções. Faz dos poemas quartos de pensar, de ir seguindo em frente, de estruturar e decidir o que é relevo, o que é ranhura. Tudo faz mais sentido do que pedir licença para um ou para outro para exercer um rótulo. E isto Texto Sentido parece não aceitar. Daí soar honesto nas qualidades e defeitos.
André Ricardo Aguiar
(Jornal A União, PB, 23/11/07)
(Jornal A União, PB, 23/11/07)
*André Ricardo Aguiar é jornalista e poeta e escreve às sextas-feiras para o jornal A União.
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Sobre o poeta :
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Um tal Lau: poeta integral
A poesia de Lau Siqueira: minimalismo e metalinguagem
Sem Meias Palavras
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Um tal Lau: poeta integral
A poesia de Lau Siqueira: minimalismo e metalinguagem
Sem Meias Palavras
Como adquirir o livro:
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Em João Pessoa - na banca de artesanato do Marinho, na Praça da Alegria, na UFP
Pela internet - Loja Virtual
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Em João Pessoa - na banca de artesanato do Marinho, na Praça da Alegria, na UFP
Pela internet - Loja Virtual
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17 de nov. de 2007
15 de nov. de 2007
12 de nov. de 2007
Paul Valéry ...
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"Sou mutante. Não anseio a majestades cristalizadas em palavras que não voltam atrás. Eu volto palavras, gestos e sentimentos. Mudam tempos, momentos, situações, mundo... Por que não mudo eu? Livrai-me do engessamento burro da prepotência! Peço desculpas e me sinto aliviada. Se o outro vai desculpar ou não depende do grau de irredutibilidade dele. Aí já não é comigo. Repensar é consertar. "Eu não sou sempre da minha opinião." Considero a sua e, se for o caso, reconsidero a minha." (Paul Valéry)
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QUASE QUE EU PERCO O TREM !
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Estava passando tranquilamente pelo Boombust quando percebi essa postagem:
Gente, que cochilo ! É a velhice dando sinais através do esquecimento .
Consegui me salvar, minha inscrição já foi confirmada ...
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17 e 18 de novembro
Local: Museu das Telecomunicações
End: Av. Afonso Pena, 4001
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( Álvaro de Campos)
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Minha dor é velha
Como um frasco de essência cheia de pó.
Minha dor é inútil
Como uma gaiola, numa terra onde não há aves,
E minha dor é silenciosa e triste
como a parte da praia onde o mar não chega.
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Álvaro de Campos
(Obra Poética , Editora Nova Aguilar, p. 406)
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11 de nov. de 2007
VÉSPERA
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No trivial do sanduíche a morte aguarda.
Na esquiva escuridão da geladeira
dorme a sono solto, imersa em mostarda.
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A hora é lerda. A casa sonha. A noite inteira
algo cricrila sem parar — insetos?
O abacaxi impera na fruteira,
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recende esplêndido, desperdiçando espetos.
A lua bate o ponto e vai-se embora.
Mesmo os ladrilhos ficam todos pretos.
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A geladeira treme. Mas ainda não é hora.
Se houvesse um gato, ele seria pardo.
A morte ainda demora. O dia tarda.
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Paulo Henriques Britto
( Macau, 2003)
( Macau, 2003)
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9 de nov. de 2007
UM VISITANTE
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Quem escreve
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Quem escreve
é
um visitante
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Chega nas horas da noite
Chega nas horas da noite
e toma o lugar do
sono
Chega à mesa do almoço
come a minha fome
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Escreve o que eu nem supunha
Escreve o que eu nem supunha
Assina o meu nome
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Eunice Arruda
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7 de nov. de 2007
Cecília Meireles...
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,
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Conversamos dos dois extremos da noite,
como de praias opostas. Mas com uma voz que não se importa ...
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E um mar de estrelas se balança entre o meu pensamento e o teu.
Mas um mar sem viagens.
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Cecília Meireles
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..Do poema - Diálogo -
Obra Poética - Editora Nova Aguilar, p. 107
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5 de nov. de 2007
Lau Siqueira ...
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Escrever, para mim, é uma grande brincadeira. É o prazer que me conduz pelas palavras! Lembro de um amigo que escreve bons poemas mas, quando eu elogio ele diz: "escrever é coisa séria. Isso aqui é brincadeira." Discordo frontalmente do meu amigo. Escrever é uma brincadeira honesta com as palavras mas, uma brincadeira, "uma aventura planejada" (como diz Pignatari). O que o meu amigo entende por sério é, exatamente, o ranço acadêmico do saber absoluto. E o saber é um mundo muito vasto para estar encerrado em um conceito ou receituários dogmáticos. Escrever é não temer o abismo da próxima vírgula. Escrever poemas é escrever vírgulas, pausas na vida do Império Prosa.
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Lau Siqueira
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3 de nov. de 2007
NOVEMBRO SESC IPIRANGA
2 de nov. de 2007
70%
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Todo golfinho tem um pouquinho de tubarão
Todo golfinho tem um pouquinho de tubarão
Todo ateu tem algum tipo de deus no coração
Todo cordeiro tem um pouquinho de lobo
Todo geninho tem um pouquinho de bobo
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100% não existe
Ninguém é somente triste
100% gato mia
Ninguém é só alegria
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Todo golfinho tem um pouquinho de tubarão
Toda gazela tem um pouquinho de leão
Todo cordeiro tem um pouquinho de lobo
Todo geninho tem um pouquinho de bobo
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André Abujamra
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1 de nov. de 2007
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